Olááá! Tudo bem? Você já teve a oportunidade de ver os processos de fabricação de uma joia? Não? Então, venha comigo conhecer um pouco sobre a possibilidade de fazer um tour pela sede da H.Stern, conhecer o Museu H.Stern e aprender um pouco sobre esse processo. O Workshop Tour não é muito divulgado, mas é um passeio que vale muito a pena. Vamos lá?
O grande dia depois de uma longa espera
Desde pequena tinha vontade de fazer a visita a H.Stern. Sim, você leu corretamente: desde criança sei da existência dele, mas nunca tive a oportunidade de ir. Entretanto, o momento, finalmente, chegou.
Em janeiro de 2017, fui entregar o cadarço do sorteio do blog para um dos ganhadores lá em Ipanema. Estava com minha mãe, que iria fazer umas entregas de uns bordados em uma loja também em Ipanema (ela borda para essa loja). No caminho, passamos em frente ao espaço da H.Stern, nas esquinas das Ruas Visconde de Pirajá e Garcia D’Ávila.
Lá estão expostas diversas amostras de cristais. Então, falei para ela:
Espaço na esquina das Ruas Visconde de Pirajá e Garcia D'Ávila. Os convites para o tour são retirados aqui |
“vamos lá perguntar como é a visita guiada”.A ideia era mesmo só perguntar e voltar um outro dia.
Amo essas pedras! |
Aqui dá para perceber que o espaço fica bem próximo da rua: olha o táxi no cantinho, he he he... |
Afinal, você vai a um ambiente desses de “roupinha”?Entretanto, ele disse que não havia nenhum problema nisso (apesar de a nossa mente achar que havia, mas enfim).
H.Stern Workshop Tour
O H.Stern Workshop Tour é um tour audioguiado pelas oficinas de ourivesaria da marca. Os visitantes podem acompanhar o processo artesanal de produção das joias. Esse tour, inaugurado em 1951, foi uma das iniciativas pioneiras da H.Stern.
No início, ele era oferecido nas instalações situadas no Centro do Rio de Janeiro. Após a mudança da sede para Ipanema, o espaço foi ampliado e é onde acontece o tour atualmente.
Essa sede em Ipanema foi planejada para abrigar todas as áreas envolvidas na manufatura e varejo de joias finas.
Por isso, ela conta com oficinas de ourivesaria e lapidação, laboratórios, instalações de treinamento, escritórios, museu e showroom.
Momentos iniciais do Tour na H.Stern
O atendente nos levou até a entrada da H.Stern na Rua Garcia D’Ávila. Lá fomos recebidas por um outro atendente que nos guiou até a recepção. Nesse local, preenchemos nossos crachás e seguimos até o elevador (com um atendente diferente dos anteriores).
Subimos ao terceiro andar onde outra pessoa estava nos esperando. Ela nos levou a um local para pegar os fones para seguirmos o tour com um audioguia. Esses equipamentos estão disponíveis em dezoito idiomas, entre eles:
- Alemão,
- Chinês,
- Espanhol,
- Francês,
- Inglês,
- Italiano,
- Japonês,
- Português,
- Russo.
Antes de começarmos, a última instrução foi:
“é proibido fotografar durante o tour”.Então, nós seguimos ouvindo a história e os processos.
Catorze etapas explicativas durante o Tour H.Stern
O primeiro painel contava a história da H.Stern. Seu fundador, Hans Stern, era alemão e chegou ao Brasil em 1939.
Trabalhou como datilógrafo em uma empresa de lapidação e importação de pedras e minerais. Nesse local, começou sua paixão pelas pedras preciosas coloridas.
Trabalhou como datilógrafo em uma empresa de lapidação e importação de pedras e minerais. Nesse local, começou sua paixão pelas pedras preciosas coloridas.
Em 1945, Hans Stern fundou uma pequena loja. Em 1958, inaugurou um Laboratório Gemológico próprio, sendo considerado o maior da América Latina.
O Laboratório Gemológico segue os critérios de classificação do GIA, o Gemological Institute of America, garantindo a qualidade de cada pedra usada nas joias criadas pela empresa.
O Laboratório Gemológico segue os critérios de classificação do GIA, o Gemological Institute of America, garantindo a qualidade de cada pedra usada nas joias criadas pela empresa.
No passado, as pedras brasileiras não eram muito valorizadas no mercado internacional. Eram, inclusive, consideradas como semipreciosas. Hans Stern foi muito importante no processo de desmistificação desse conceito. Tanto que, em 1971, o Instituto Gemológico da América (GIA) chegou à mesma conclusão de Stern, mudando essa nomenclatura. Hoje, todas são consideradas pedras preciosas.
Continuando o nosso tour, passamos por painéis que mostravam os tipos das pedras, seus formatos, as diferenças entre as pedras originais e as sintéticas, até chegarmos à produção propriamente dita.
Havia vídeos explicativos em cada fase do processo e era possível ver as pessoas trabalhando naquela fase, através do vidro.
A importância da lapidação
Por que uma pedra deve ser lapidada?Pense antes de continuar, he he he...
Bom, porque a beleza da maioria delas só se evidencia após esse processo. Muitas vezes, elas nem são notadas como importantes quando estão em seu estado bruto.
Com tal processo, são mostradas as melhores características da gema, levando em consideração sua cor, pureza e peso. Tudo isso a torna mais brilhante e valiosa.
Vimos um painel explicando sobre a influência do formato do corte do diamante no seu brilho. NUNCA TINHA PENSADO NISSO! Mas achei fabuloso...
Se a luz penetra em um diamante com corte muito profundo, ela acaba escapando pelas laterais da pedra. Já se o corte é muito raso, a luz escapa pelo fundo do diamante. Dessa forma, o diamante perde um pouco do brilho.
Quando o corte é feito nas proporções ideais, a luz é refletida pelo topo e, com isso, o brilho do diamante será muito maior. Isso é Física, né?
Se a luz penetra em um diamante com corte muito profundo, ela acaba escapando pelas laterais da pedra. Já se o corte é muito raso, a luz escapa pelo fundo do diamante. Dessa forma, o diamante perde um pouco do brilho.
Quando o corte é feito nas proporções ideais, a luz é refletida pelo topo e, com isso, o brilho do diamante será muito maior. Isso é Física, né?
Chegando ao final do tour na H.Stern
Foram 14 estações no trajeto. Na última, há um painel todo preto. O áudio fala que ali estão algumas das criações H.Stern. No entanto, o painel não mostra nada... Pensei:
“ué, cadê? Está quebrado”.De repente, uma luz acende em um círculo do painel e aparece uma joia. E isso vai acontecendo várias vezes, em vários locais do painel. Incrível de lindo.
Entregamos os fones e fomos novamente guiadas ao elevador. Descemos e fomos à loja. Nossa, ali me senti muito mal. Não, não era nada de saúde não... A loja é que era toda chique e eu de bermuda e alpargatas, he he he.
A atendente foi super simpática e disse que isso não tinha nada a ver. Mas enfim, não estava muito à vontade lá não.
A atendente foi super simpática e disse que isso não tinha nada a ver. Mas enfim, não estava muito à vontade lá não.
Da loja, fomos a uma outra parte onde havia objetos e esculturas de animais feitos de pedras. Coisa linda!
Curiosidades sobre a H.Stern...
Você já deve ter percebido que o “H” da H.Stern vem da inicial do seu fundador, Hans, certo?
No entanto, o logotipo foi passando por transformações desde o início da empresa. Antes, ele era grafado com letras góticas e tinha uma moldura no entorno (eu me lembro disso, ai ai ai).
Com a reestruturação da empresa, a moldura saiu e, depois de um tempo, houve a mudança da fonte. O logotipo atual possui um “S” sinuoso em homenagem à silhueta feminina.
Após o falecimento de Hans Stern, em 2007, seu nome passou a ser o nome oficial do antigo Mirante do Leblon. Apesar de poucas pessoas utilizarem, o local agora tem o nome de Mirante Hans Stern.
No entanto, o logotipo foi passando por transformações desde o início da empresa. Antes, ele era grafado com letras góticas e tinha uma moldura no entorno (eu me lembro disso, ai ai ai).
Com a reestruturação da empresa, a moldura saiu e, depois de um tempo, houve a mudança da fonte. O logotipo atual possui um “S” sinuoso em homenagem à silhueta feminina.
Detalhe para o logo da marca |
A pedra preferida de Hans Stern era a Turmalina. O Museu da H.Stern apresenta uma coleção de turmalinas lapidadas com mais de 1000 pedras com cores diferentes.
Essa parte a gente não conheceu. Não sei o motivo... Ninguém nos levou até lá. Fica a dica para quando você for: peça para ver o Museu. Deve ser algo muito extraordinário ver os variados tipos de turmalinas. Apesar de que minha pedra preferida é a Ametista!!!
Essa parte a gente não conheceu. Não sei o motivo... Ninguém nos levou até lá. Fica a dica para quando você for: peça para ver o Museu. Deve ser algo muito extraordinário ver os variados tipos de turmalinas. Apesar de que minha pedra preferida é a Ametista!!!
Informações importantes
Os convites para o H.Stern Workshop Tour estão disponíveis na esquina da Rua Visconde de Pirajá com a Rua Garcia D’Ávila!
Valor: gratuito.
Valor: gratuito.
Horário de funcionamento:
- Segunda-feira a sexta-feira das 9h às 18h.
- Sábado das 9h às 14h.
O telefone é: (21) 2106-0000.
Já o site: http://www.hstern.com.br/
Também há este: http://www.hsterninrio.com/gemological-tour.asp que dá para agendar a visita, mas pareceu ser mais voltado para turistas estrangeiros.
Importante ressaltar que este NÃO é um publipost. Apenas quis relatar um passeio interessante aqui no Rio de Janeiro.
Espero que tenha gostado e que faça, em breve, o H.Stern Workshop Tour.
Até domingo,
Um super beijo
Carolina
Precisando de hotel no Rio de Janeiro ou em qualquer outro lugar?
Reserve usando o link do blog. Você não paga a mais por isso e ainda ajuda o Viajar correndo a receber uma comissão.
Oi Carol,
ResponderExcluireu nunca tinha ouvido falar desse espaço, boa dica!
Beijo,
Dani.
Blog Dani Corredora
Obrigada Dani! Por isso que achei legal escrever sobre ele para essa estreia no Projeto Morador Turista. Na próxima vez que você vier, se tiver um tempinho, pode fazer esse tour, he he he...
ExcluirUm super beijo
Carolina
Adorei o post. Na proxima viagem ao Rj vou programar para conhecer. Parabens.
ResponderExcluirObrigada meninas! Visitem sim! Vocês vão amar!
ExcluirE, como disse, é bem rapidinho. Não vai nem atrapalhar o roteiro de vocês, he he he...
Abraços
Carolina
Que dica incrível! Acho que muitas pessoas, como eu, nunca ouviram falar deste tour!
ResponderExcluirPois é Ana Carolina, percebi isso pelos comentários, he he he..
ExcluirQue bom que serviu para divulgar mais uma opção de passeio pelo Rio, né?
Abraços
Carolina
Não tinha a menor ideia que isso existia. Que legal!
ResponderExcluirBoa dica :)
Obrigada Mirella. Que bom que serviu para "agregar conhecimento" e divulgar mais um ponto do Rio. Essa é a ideia do Projeto, né?
ExcluirComo você disse que quando eu for a Toronto é para te visitar, falo o mesmo: quando vier ao Rio, avise que a gente vai lá fazer esse passeio, he he he...
Abraços
Carolina
Morei no Rio por 30 anos e não fazia idéia disso. Interessante saber a origem destas jóias tão caprichadas.
ResponderExcluirQue legal Paulo! Quando você vier aqui, dá um jeitinho de ir lá conferir. É um passeio rápido, mas muito válido!!!
ExcluirAbraços
Carolina
Pelos vistos é um espaço no Rio que pouca gente conhece, é muito importante este tipo de blogs para fazer a divulgação!
ResponderExcluirPois é Pedro Henriques, nem eu sabia que as pessoas não conheciam... Que bom que deu para divulgar um passeio diferente. Tomara que mais pessoas se interessem em ir lá visitar, pois é muito válido.
ExcluirAbraços,
Carolina
Oi, Carol! Que interessante, é um tipo de tour que nunca tinha pensado em fazer hehe ótima dica para o projeto #moradorturista :) bjos
ResponderExcluirOi Laura! Que bom que você gostou! Quando vier ao Rio, fica a dica para um passeio legal e rápido, he he he...
ExcluirSuper beijo!
Carolina
Desconhecia esse lugar e olha que sou carioca, hein?
ResponderExcluirAdorei a dica e as curiosidades. Nunca que ia imaginar essa do S da H. Stern. :)
Que bom que gostou Day! Quando tiver um tempinho, ou até mesmo, estiver passando pela Visconde Pirajá, dá uma paradinha lá para fazer o tour. É bem rapidinho mesmo e encantador!!!
ExcluirSuper beijo
Carolina
Que bacana! As vezes a gente não percebe atrações tão pertinho ou que passamos várias vezes na porta e não sabemos que existe. Uma ótima aula e muito bom saber da importância do Hans Stern em desmistificar o valor das pedras preciosas brasileiras.
ResponderExcluirPost muito bom!
Obrigada Vanessa! Quando passar por lá novamente, dá uma conferida ao vivo! Você vai gostar!!! E é bem rápido!!!
ExcluirUm super beijo
Carolina
Eu fui algumas vezes com meus professores. Agora estou pesquisando para levar os meus alunos,fiquei feliz em saber que ainda existe esse espaço!!!!
ResponderExcluirOi Maruyama! Que legal que os professores levaram vocês e agora você vai levar seus alunos. Eu que fiquei feliz em saber que o ciclo continua... Também sou professora e, muitas vezes, a gente não se dá conta da importância que isso pode ter na vida dos alunos. Muito obrigada!
ExcluirUma excelente visita para você e para eles...
Abraços,
Carolina