Olááá. Tudo bem? Hoje vamos conhecer a Fazenda Santa Clara, em Santa Rita da Jacutinga, em Minas Gerais.
Tivemos a oportunidade de conhecê-la quando fomos participar da Trail Race Rio Preto. Vamos lá?
Uma sesmaria de 6000 alqueires foi dada a portugueses de São João del Rei.
Os portugueses, em questão, eram Franscisco Teresiano Fortes de Bustamante e sua esposa, Maria Tereza de Souza Fortes, a Viscondessa de Monte Verde.
O local era tão grande que ocupava a região que ia de Ipiabas até Santa Rita do Jacutinga.
A Fazenda Santa Clara começou a ser construída em 1774 no que seria considerado o melhor lugar da sesmaria.
Isso porque o Vale do Rio Preto oferecia um vento refrescante, madeira boa, muita pedra e água em abundância.
Tanto que as portas e janelas são altas para iluminação e ventilação.
Sua arquitetura mistura traços coloniais e barrocos.
Os materiais básicos para a construção da fazenda foram pedra, barro e madeira.
A propriedade foi vendida, posteriormente, ao avô dos atuais moradores da fazenda, o Coronel João Honório de Paula Motta.
Isso aconteceu em 1924.
A Fazenda Santa Clara participou dos ciclos de cana de açúcar e de café e possui alguns números interessantes…
365, 52 e 12 dizem algo para você?
Isso está relacionado aos 365 dias, às 52 semanas e aos 12 meses do ano. Bem interessante, não?
Fomos levados pelo senhor José, neto do último comprador da fazenda, para uma visita guiada.
Começamos pela Sala do Feitor, um local que será um pequeno museu no futuro.
Era ali que os feitores ficavam vigiando os escravizados.
Falando em escravizados, em frente à Sala do Feitor está a Masmorra.
O nome já indica o que acontecia por ali: o castigo aos escravizados.
A porta já impressiona… Ela é de madeira chapeada com ferro.
No interior, tivemos a oportunidade de ver os instrumentos de tortura usados.
Não gosto nada disso, mas… Não podemos negar a história, né?
Visitamos o local usado como terreiro de café e vimos as casas que eram as tulhas, lugares para guardar o café.
Atualmente, são residências de familiares do último proprietário.
Entramos na Casa Grande.
A conservação dos móveis impressiona.
Um relógio alemão de 1840 chama bastante atenção.
No interior da Casa Grande encontramos móveis portugueses, cristais da Bohemia e até um rádio holandês.
Uma das salas era forrada com papel de parede inglês em alto relevo.
Chegamos à Capela de Santa Clara.
Há duas pinturas no teto.
Acredita-se que foram feitas por dois pintores de Ouro Preto que foram trazidos pelo Comendador.
Da capela, fomos visitar a sala principal. Lá havia um piano francês e um tapete persa.
O último local que visitamos foram as senzalas.
Na Fazenda Santa Clara havia três senzalas.
Uma feminina, com 95 metros de comprimento, próxima ao Rio Preto.
As duas masculinas tinham 85 metros e 65 metros.
Essas senzalas, como muitas outras, não tinham janelas.
Masssss, como havia uma fiscalização, o que fizeram? Pintaram janelas na parede.
Quem via de longe, da estrada, achava que o local tinha janela e estava tudo certo…
É mais um bom exemplo da expressão “Para Inglês ver”…
Já conhecia a Fazenda Santa Clara??? Conhece Santa Rita do Jacutinga? Conte aqui nos comentários e vamos continuar esta conversa…
Aliás, Santa Rita do Jacutinga tem muitas atrações, além da Fazenda Santa Clara.
Então, para saber mais, que tal conferir o artigo da Débora de O Diário de uma Viajante?
Ela conta tudo em O que fazer em Santa Rita de Jacutinga, MG.
E como fomos a Fazenda Santa Clara porque tínhamos ido a Rio Preto participar de uma corrida, confira como foi a prova:
Hoje fico por aqui!
Portanto, um super beijo e até a próxima!
Carolina
Gosta de fazendas? Então confira o artigo Fazenda Ponte Alta e o Sarau do Gegê.
Para saber como foi a Trail Race Rio Preto, confira o artigo Trail Race Rio Preto, uma prova para entrar na história (e no calendário oficial da cidade)
Precisa de Hotel em Santa Rita do Jacutinga ou em qualquer outro lugar? Utilize o Booking.com.
Gostou? Compartilhe!
Assine a newsletter mensal para receber novidades sobre o mundo das viagens tradicionais e das viagens para correr.
Super beijo,
Obrigada pela visita. Fique à vontade para dizer o que achou do post… Seus comentários são super bem-vindos…
Responderei o mais breve possível! Então, volte para ver sua resposta. Ou então, bem mais fácil: marque o “notifique-me” para ser avisado por e-mail quando o seu comentário for respondido.
Um super beijo…
Conheça mais sobre o Bairro Imperial de Santa Cruz com este artigo do Viajar correndo e encante-se com sua história.
Um pouco da Trilha da Primavera, uma das trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Sede Teresópolis).
Um pouco da Trilha Mozart Catão, uma das trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Sede Teresópolis).
4 respostas
Bom dia! Tenho uma dúvida: saberia me dizer se a foto do interior da senzala e a foto que vem abaixo dela (com as janelas pintadas) são na mesma construção? Estou fazendo um trabalho sobre arquitetura das senzalas e queria entender melhor a disposição dessa
Olááá! Sim. São na mesma construção. Mas as janelas não existem de verdade. Elas são pintadas. Quem as via de longe tinha a impressão de que havia janelas na senzala. No entanto, não era bem assim a realidade…
Espero ter ajudado.
Abraços,
Carolina
Oi qanto e a entradaa
Olááá! Quando fomos, pagamos R$ 15,00 por pessoa.
Abraços,
Carolina