Olááá! Tudo bem? Meia Maratona de Lima vem para reabrir a temporada de artigos aqui no Viajar correndo.
Afinal, hoje faz um mês que essa prova aconteceu…
E quem traz todas as informações sobre a prova e sobre as possibilidades de passeios por lá é nosso amigo Cid Bauer.
Então, com você, Cid Bauer e a Meia Maratona de Lima no “Eu não fui, mas meu amigo foi”.
“Chegamos a Lima em uma sexta-feira, por volta das nove horas, horário local.
São duas horas de diferença de fuso horário para o Brasil.
A entrega do kit da corrida era em um parque muito bonito perto do Estádio Nacional, o Parque de La Reserva, com muitas fontes.
Por ser o local onde acontece o Circuito Mágico das Águas, o ideal é você buscar o kit no horário do pôr do sol, pois dá para você ver o espetáculo das fontes coloridas, que é muito interessante.
A entrega dos kits é muito organizada.
É separada em 10 km, 21 km e 42 km, pois são três provas.
Também é separada pela numeração.
Tudo muito tranquilo.
Onde você pega o kit tem música e tem atrações.
Eles deram cerveja de graça, porque o patrocinador da prova, por incrível que pareça, era uma marca de cerveja.
Tinha cerveja, tinha desconto da Adidas de 25% (o que não vale a pena pela desvalorização da nossa moeda).
Em 2015 quando eu estive no Peru, o Real valia mais que o Sol Peruano.
Agora está valendo menos.
O melhor câmbio que a gente conseguiu foi 0.78, ou seja, um Real vale 0.78 Sol Peruano.
Com relação ao kit, ele foi composto por:
A prova em si é muito boa.
Um pouquinho mal sinalizada nos guarda-volumes.
Tivemos um pouco de dificuldade para encontrar onde estavam os guarda-volumes.
No entanto, depois que encontramos, foi tudo tranquilo.
Entregamos nossas coisas sem problema nenhum e já praticamente entramos em uma rua que dá nos currais de largada pelo pace.
As largadas dos 21 km e dos 42 km são simultâneas às sete da manhã.
Às oito e meia da manhã largam os 10 km.
Essa diferença no horário é para não encontrar no caminho, porque uma parte do percurso de 10 km se encontra com o de 21 km.
Os trechos da Meia Maratona de Lima, até o quilometro dezessete, são planos e descidas, planos e descidas.
Quando chega ao quilômetro dezessete, você tem que recuperar tudo que você desceu em dezessete quilômetros.
Então, você sobe em quatro quilômetros.
É uma subida relativamente íngreme, onde você tem perda de pace, claro.
O trajeto nesse momento é o mesmo da maratona.
A maratona se separa da gente mais ou menos no quilômetro quatorze.
Aí a maratona vai para outro caminho e ela retorna lá na frente, também pegando essa subidinha no final.
A chegada foi tranquila.
A temperatura da prova é amena. Largamos com 17ºC e chegamos com 19ºC.
Depois que eu cheguei, saiu o sol.
Nesse dia da prova, às nove horas da manhã, o sol apareceu.
Isso quer dizer que o pessoal da maratona sofreu e quem fez os 21 km um pouco mais lento também deu uma sofrida.
O sol em Lima é quente, apesar de a temperatura na cidade ser amena por causa das águas geladas do Oceano Pacífico.
A água no Oceano Pacífico é, em média, 12ºC.
Isso mantém a temperatura da cidade constante entre 16ºC e 22ºC.
A temperatura não varia muito no termômetro, apenas no sol.
Tem que tomar cuidado com o sol porque ele é um sol equatorial.
Ele queima bastante, queima muito, na verdade. Então, muito cuidado com o sol apesar de estar fresco.
A única coisa que observo na prova é que, na América do Sul, eles costumam misturar a entrega de isotônicos com água.
Isso cria uma confusão, pois como eles colocam no mesmo tipo de copo, você não sabe qual é o de água e qual é o de isotônico.
Tem que ficar perguntando, o que cria uma confusão e uma perda de tempo.
Normalmente, isso é uma falha geral das provas da América do Sul.
Foi assim no Chile, foi assim na Argentina, foi assim no Peru, foi assim na Colômbia…
Eles misturam… Eles têm essa mania de não separar o isotônico da água.
Outra falha também é que no final da prova não tinha água, só tinha isotônico.
Eles entregaram frutas (uma banana, uma maçã e uma tangerina) e isotônico.
Procurei a água e não encontrei.
Isso foi uma falha que eu considero séria, grave na chegada da prova.
A cidade de Lima é muito agradável.
O bairro de Miraflores seria tipo uma Zona Sul no Rio de Janeiro.
Muito bonito, muito arborizado e muito limpo.
A única particularidade de Lima em geral, e também de Cuzco, é o trânsito.
É uma coisa de doido, onde não se respeita o pedestre.
Lá você tem que tomar muito cuidado ao atravessar as ruas.
A culinária é maravilhosa.
O prato mais importante de Lima é o ceviche.
Tem o ceviche de peixe e o ceviche misto, que vem com frutos do mar.
Eu, particularmente, não como frutos do mar, mas comi o de peixe. Mas dizem que o de frutos do mar é maravilhoso.
Eles trabalham muito com sementes.
O milho é maravilhoso, imenso, enorme, delicioso…
Há centenas de tipos de batatas.
Aliás, no Peru a batata é muito comum e saborosa.
Não deixe de experimentar o pisco sour que é a cachaça deles, muito famoso também.
Sobre passeios, é inaceitável fazer sua prova em Lima e voltar sem conhecer Cuzco.
Cuzco é uma cidade histórica linda.
De lá, você pode partir para outras atrações.
Evidentemente, Machu Picchu é a mais importante.
Mas também tem a Lagoa Humantay e a Montanha de Sete Cores (Winikunka).
É em Cuzco que você trafega pelas estradas de ruínas incas.
É importante você ir com guia de turismo para saber o que aconteceu ali.
As histórias são muito ricas e seus habitantes cultivam a cultura inca até hoje, seja nas vestimentas, seja no idioma.
Nos caminhos, as mulheres se vestem com as roupas típicas da cultura inca.
A língua oficial é o Quéchua que é a língua dos incas, além do Espanhol.
Eles têm muito orgulho das origens deles.
A história das coisas que os incas fizeram é extraordinária.
Eu tenho até minhas dúvidas de que eles tenham feito tudo sozinho.
Eu tenho quase certeza de que fizeram com a ajuda de extraterrestres.
As linhas de Nazca, por exemplo, são vistas do céu.
Embaixo não significam nada, mas do céu elas são tipo sinalizadores. Então, é uma coisa intrigante. Imperdível.
Vou dizer que Cuzco é imperdível!
Eu cheguei na segunda-feira e fui embora no domingo.
Esse tempo foi suficiente pra fazer todas as atividades.
Faltou o Lago de Titicaca que, na próxima oportunidade, eu vou explorar e um pouco mais da cordilheira.
Aliás, a cordilheira é extraordinária. Você pode chegar a cinco mil metros de altura e caminhar sem neve.
Tudo por causa da latitude. Afinal, nós estamos perto do Equador. Então, você consegue.
Essa época do ano é a melhor para visitar o país.
Na verdade, o Peru tem duas estações: chuva e seca. Não tem verão, não tem inverno… É chuva e seca.
A estação de chuva vai de outubro a abril. A de seca vai de maio a setembro.
Então, essa é a época boa de visitar o Peru, porque é muito melhor você caminhar na trilha sem pegar chuva.
E quando chove, as estradas, por serem precárias, podem ser fechadas.
E você pode, inclusive, ficar preso nos lugares. Essa época é bem mais segura e é a que você aproveita bem mais”.
Cid Bauer
Gente, ler o relato do Cid me fez voltar no tempo…
Estive em 2013 no Peru e achei simplesmente o máximo…
Uma viagem muito interessante em cultura e gastronomia, como ele muito bem detalhou para a gente!
Confesso que também tenho minhas dúvidas de que os Incas fizeram tudo aquilo sozinhos.
E também acho que algum ser extraterrestre deu “uma mãozinha” (ou uma “tecnologiazinha”).
Muito obrigada, Cid, por ter compartilhado com os leitores do Viajar correndo a sua experiência tanto na corrida como nos locais em que visitou!
Até a próxima!!!
E já que Cid falou sobre Machu Picchu, veja como foi atravessar o portal de energia de Machu Picchu…
Falando em até a próxima, hoje fico por aqui! Mas não sem antes deixar as perguntas finais (como sempre, he he he).
O que você achou da Meia Maratona de Lima? Ficou com vontade de participar (ou já participou)? Conte aqui nos comentários. Vou adorar continuar essa conversa.
Um super beijo,
Carolina
Para mais artigos sobre Lima, Cuzco e Machu Picchu, acesse: Peru… Uma visita a Lima, Cuzco e Vale Sagrado…
Leia também: Conhecendo a Cidade de Machu Picchu no Peru
Para ler mais sobre provas maneiras que amigos correram confira no Eu não fui, mas meu amigo foi
Para mais artigos
Precisa de hotel em Lima, em Cuzco ou em qualquer outro lugar? Pesquise e reserve usando o Booking.com.
Gostou? Compartilhe!
Assine a newsletter mensal para receber novidades sobre o mundo das viagens tradicionais e das viagens para correr.
Super beijo,
Obrigada pela visita. Fique à vontade para dizer o que achou do post… Seus comentários são super bem-vindos…
Responderei o mais breve possível! Então, volte para ver sua resposta. Ou então, bem mais fácil: marque o “notifique-me” para ser avisado por e-mail quando o seu comentário for respondido.
Um super beijo…
Corrida do Túnel: como foram as impressões sobre a corrida em Niterói que passa pelo Túnel Charitas-Cafubá. Confira o artigo…
Conheça a Maratona de Istambul e sua particularidade de atravessar dois continentes: largada na Ásia e chegada na Europa.
Confira como foi a Meia Maratona de Buenos Aires na visão do Viajar correndo e anime-se para participar também.
Uma resposta
Toda vez que algum povo de fora da Europa faz algo muito sensacional, “deve ter sido ajudado por extraterrestres”. Só os europeus são capazes de grandes feitos? Discordo. Os povos do Peru criaram grandes civilizações também. Vamos respeitar isso.